sábado, 20 de agosto de 2011


" Era uma vez uma menina muito boba, que gostava das pessoas com facilidade e era tão, mas tão orgulhosa, que nunca admitia os próprios erros. Era uma vez uma menina que precisava fazer esforço somente pra se revelar, somente pra deixar de lado a sua parte mais retraída. Fazia esforço até pra dar um sorriso mais aberto. Uma menina versátil, sonhadora, que escrevia para desabafar e às vezes até para abafar o que realmente sentia, uma vez que inventava histórias apenas para manter o coração bem calmo. (...) E então a menina sonhava, sonha, sonhava… Inventava um mundo novo. (...) E a menina se fechava, miúda por dentro e tão robusta por fora, e sorria, sorria, sorria. Por dentro tão miudinha, tão triste, tão fechada. Por fora com aparência de gigante. Era uma vez uma menina. Uma menina que tinha medo de tudo, não gostava do escuro, ficava o dia todo tentando entender a si mesma, e tinha os pés pequenos demais. Era uma vez uma menina que não roía as unhas, tinha os dentes meio tortos embaixo, não gostava de manga e tinha aversão à obra sem graça. Era uma vez eu: a menina. "

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